Se te incomodo, releve.
Se te abafo, respire.
Se te atrapalho, afaste-se.
Se te faço mal, fuja.
Se te irrito, me rife.
Mas... se te amedronto, encare.
Se te alegro, aproveite.
Se te acompanho, venha.
Se te acalmo, relaxe.
Se te faço feliz, dance.
Se te dou tesão, trepe.
Se te quero, aceite.
Se te faço cafuné, durma.
Se te beijo, lambuze-se.
Se sou noite, coruja-se.
Se te amo, coragem.
sábado, 4 de março de 2017
sábado, 21 de janeiro de 2017
Recusa.
Não, eu recuso.
Como é difícil dizer essas palavras
porque ao dizê-las, não se sabe bem ao
certo o que se recusa.
Não, acho melhor não.
Uma advertência?
Uma preferência?
Uma gentileza?
Uma proteção?
O que se perde quando se diz não?
O que se ganha ao negar algo?
Muitas vezes as razões são tão claras que
não se titubeia ao dizê-las.
Outras vezes, resta uma incerteza.
Procura-se uma bola de cristal que nos
garanta que o que ainda ocorrerá será exatamente o que imaginamos: para o bem
ou para o mal.
Recusar um convite.
Quantas coisas estão escondidas neste
não… Tão profundamente escondidas que
nem mesmo nós sabemos o que são. Se a ignorância está no presente, como saber
do futuro?
Recusa-se também por precaução.
Não consigo deixar de enxergar uma
prepotência nesta solução. Há uma certeza em jogo. Os dados estão dados. Onde
isso acontece no real?
Na recusa, a esperança perde seu lugar.
Cede-se o bastão ao medo, este poderoso
sentimento que é capaz de tudo.
Trago em mim um filete de esperança. Como
está por um fio…!
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