quarta-feira, 4 de março de 2009

Ah, os médicos!

Eu estou com um pequeno problema no olho. Algo que vi e não gostei. Como consequência, tenho me encontrado com médicos mais do que desejava.
Ao ler uma reportagem de Domingos Oliveira na revista Bravo, vi que ele escreveu como se fosse eu. Disse o que eu queria dizer.

"Existem profissões nobres e outras bastardas. Ou, no mínimo, suspeitas. Nesta segunda lista, que é longa, estão policiais, banqueiros, militares, advogados e , sem dúvida, os médicos."
"Os médicos, malgrado a nobreza de sua atividade, são, na sua quase totalidade, homens frios, por excesso de contato com a morte. Assim sendo, têm que infantilizar os pacientes, mentem, atrasam seus horários sem pedir desculpas, têm manias de exames intrusivos, nenhum escrúpulo de usar os pacientes como cobaias das novas tecnologias e são inimigos ideológicos dos poderes curativos da mente humana."
"Acho altamente duvidosa a medicina preventiva. Acho que ela pode, muitas vezes, acelerar as doenças. Impedir que o corpo faça o serviço de torná-las crônicas ou curá-las. No nível de CTI, por exemplo, a coisa se torna filosófica. É a luta contra a morte sem escrúpulos. Retalham homens, colocam-nos dependentes de máquinas etc., sem duvidarem se aquilo está certo, é o "procedimento". Como se a vida valesse a pena de qualquer modo. A vida somente vale a pena em certas circunstâncias. Em Shakespeare, uma personagem morre pela honra, pelo amor, pela pátria, pela dignidade etc. Há muitas coisas pelas quais vale a pena morrer. O dogma de colocar a vida no ponto mais alto da escala de valores humanos é altamente dubitável."
"Quando é preciso parar de lutar pela vida e sim lutar por uma boa morte?

domingo, 1 de março de 2009

Felicidade.

Uma vez, eu insisti muito que uma amiga não desistisse do brilho do olhar, das batidas fortes de coração, do prazer que ela sentia em fazer o que mais gostava na vida.
Às vezes nos distanciamos do que nos faz sermos felizes porque aquilo que gostamos não remunera bem. Outras vezes, é porque achamos que o tempo passou e não dá para revivermos os momentos do passado.
Ela me disse: não voltarei a fazer isto de novo. Nunca mais. É para sempre.
E hoje eu digo a ela o que Milton Nascimento diz em Beatriz "Prá sempre é sempre por um triz", e Renato Russo "o pra sempre, sempre acaba".
Hoje estou feliz por ela não ter desistido. Ela voltou a sentir as mesmas emoções de antes.
É um recomeço.
E eu estou muito feliz por isso.