Em 1994 eu passei pela primeira e única vez até hoje em minha vida um dia de São João no Nordeste. Eu, brasileiro, não sabia o quanto esta data é importante para os lados de lá.
Na rua da Ilha de Itamaracá, as pessoas colocavam pequenas fogueiras nas calçadas e umas cadeiras na porta de casa para conversar e ver o movimento da rua.
Nas mesas, mugunzá(canjica para o sudeste), canjica(mingau de milho para nós), bolo de aipim(mandioca),milho assado... tudo de milho. A superstição de que quem acende a fogueira, mas não faz ela "vingar", é porque ano que vem esta pessoa não estará lá para tentar de novo(eufemismo para "bateu as botas").Portanto, capriche no fôlego e assopra!
O forró é ouvido na praça da cidade e todos dançam juntos, coladinhos, por horas. Muitos aproveitam o feriado de São João para rever a família.É uma festa mesmo e eu me senti num outro mundo porque não sabia que era tão importante e tradicional.
Desejo um pouco mais de festa em nossas vidas.E história. Se a gente não reinventar os nossos dias, constantemente, a coisa vai ficando feia!
E para comemorar, um pouco do genial Luiz Gonzaga. O vídeo no YOU TUBE é para se cantar uma das pérolas do rei do baião.
Olha pro céu, meu amor
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
Foi numa noite, igual a esta
Que tu me deste o teu coração
O céu estava, assim em festa
Pois era noite de São João
Havia balões no ar
Xóte, baião no salão
E no terreiro
O teu olhar, que incendiou
Meu coração.
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