domingo, 13 de novembro de 2016

Dia de chuva.

Retire a caneta da minha mão.
Não deixe o sol voltar.
Cale o pedreiro a me falar da Palavra do Senhor.
Tirem as pessoas alegres do recinto.
Não deixe meu pensamento voltar
porque hoje a minha gentileza é forçada.
Meu respirar está no automático
porque tenho muita coisa para limpar,
porque estou envergonhado do que sinto.
A energia está fraca,
uma tristeza sólida me faz companhia
e é injusto obrigar alguém
a ler o texto e chegar a este ponto.
É covardia... se esperar por algo bom
quando o que tenho a oferecer é só um clichê
da tristeza.
Tem gente que o faz com beleza...
eu, só, a minha angústia.

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