terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Conversa surreal.

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Local: restaurante self-service, clientes dividindo mesa em horário de almoço.
Personagens: uma mulher e sua filha. A mãe do Bernardo. Eu.

-Olha, vejo que sua filha estuda no Pitágoras. Qual o seu ano?
-Eu estou no primeiro ano. Mas era para eu estar no segundo. Tomei bomba por quatro pontos.         
-Na verdade foram por dois. Você acredita que a escola pôs duas professoras estagiárias para corrigir a prova dela e elas fizeram tudo errado?
- Mentira! Que coisa, tadinha. Mas vocês reclamaram, não?
-Claro, mas você sabe as escolas de hoje…
- Ah! Se sei. Meu filho, Bernardo, estuda lá também, mas é de outro ano. Se começou para você, começou para ele também. Hoje ele vai chegar em casa só depois das 18 horas, então. E é como eu digo: hoje para tudo eles dão a desculpa que seu filho está com déficit de atenção. Para mim, o problema é de déficit de educação. Os professores hoje não ligam para os alunos, isso é coisa do passado. Eles só chegam na sala para trazer problemas pessoais. Gastam o tempo todo da aula contando suas próprias vidas, de BBB… o Bernardo é meu filho, mas é malandro, eu sei, mas ele tem direito, a vida é dele. Ele faz natação, está no time do colégio no basquete, no vôlei…mas a escola não ajuda ele. Você acredita que eles disseram que se ele tivesse cinco médias perdidas, ele teria que sair dos times? Pode isso? Pois ele tem sete e está lá. Ai, deles… Educação é coisa do passado. Aí você pode me perguntar o porquê de eu não tirar o Bernardo de lá, mas TODAS as escolas são iguais.
Aff!



Um comentário:

Lívia Dias disse...

Triste é como esses absurdos estão se tornando cada vez mais comuns! É fácil ouvir besteirol como esses hoje em dia.
Eu quero ver é que tipo de pessoas e profissionais se formarão.